Tudo continua na mesmice!!!!!


Os igarapés de Porto Velho continuam poluídos

O bom filho sempre a casa volta, já dizia a minha vó! Depois de um bom tempo parado, pois estava a frente de vários projetos e quase não tinha tempo para postar nada! Mas voltei. Logo no período das queimadas na Amazônia, um vilão que atua por culpa nossa!!! Nos próximos post, falarei sobre essa problemática e darei dados do que acontece na Amazônia. Agora, vamos lá! Muita coisa acontecendo na região Norte; usinas, regularização fundiária, desmatamento etc. Não tenho nada contra, mas passei um bom tempo parado e os assuntosainda são os mesmos. Isso que dizer que, nada foi feito para melhorar. Ah! e esse tal de crédito de carbono que tanto se falava, não vingou, pois há muita burocracia e quase impossível conseguir esse dinheiro. Enfim, quero dizer que ficamos muito na teoria, prática que é bom, nada. Para ver como nada mudou publico uma matéria que eu fiz em 2010 e se fomos voltar lá as coisas continuam as mesmas!!!


Igarapés pedem socorro

02/08/2010 - DIÁRIO DA AMAZÔNIA

A resistência dos pequenos peixes em sobreviverem no lixo e no esgoto mostra que os igarapés urbanos da Capital ainda respiram vida. Na memória de muito moradores das redondezas dos afluentes do rio Madeira nem ao menos ficaram as lembranças das águas limpas, da cobertura florestal, da quantidade de seres que viviam no local. O mau cheiro, o lixo, o aterramento, retirada da mata ciliar, desvio do curso d’água e o assoreamento mudaram a imagem e o que era beleza acabou se tornando um risco para as famílias.

A dona de casa Maria das Dores lava a louça enquanto a água da casa escorre aos seus pés e segue cerca de 10 metros para o igarapé dos Tanques. Para ela, a imagem de desolação não é mais problema. “Tem época que é pior, agora está é bom”, disse. Os sobrinhos de Maria das Dores tentam descer a área da casa que faz fundo com o igarapé. O marido, Edmilson Gonçalves, impede temendo a contaminação das crianças. “Nem meus filhos brincavam no quintal, pois é perigoso, dá doença”, afirma o pedreiro.

A família mora no lugar situado na rua Anita Garibaldi, no bairro Costa e Silva, há mais de seis anos e nem lembra das histórias das águas limpas dos Tanques. “Quando vim morar aqui já fedia e sempre foi assim, as pessoas jogam a água servida de casa, lixo, pedaços de pau, tudo no igarapé, não tem outro lugar para jogar, mas moro ainda aqui porque é o jeito, se desse saía”, relata das Dores. O marido disse que impede as pessoas de jogarem lixo no curso d’água. “As tábuas e os galhos secos impedem a água de passar e quando dá o verão temos que viver de janela e porta fechada para suportar a fedentina”, conta Gonçalves.

Fedor

No outro lado da ponte que separa o Canal está a família de Priscila Rosa Maciel. Na casa da doméstica, a poluição do igarapé deixa os familiares doentes com freqüência. “Meus sobrinhos ficam direto doentes, com diarréia e febre, por causa do ambiente”, disse. Ela mora em uma casa com oito irmãos, além dos três sobrinhos e da nora. “Agora o barranco está caindo e ficando mais perigoso. Tem momentos que é impossível ficar por aqui de tanto fedor”. Outro problema relatado por Priscila Rosa é as inundações. “Se no verão tem o odor. No inverno sofremos com as alagações, teve época que tínhamos que sair pela janela”, conta ela. Na casa da doméstica a água que sai pelos canos e deságua no Tanques é da Caerd. “Aqui pagamos água da Caerd, mas o esgoto infelizmente tem que ser despejado no igarapé mesmo”, fala.

Mais adiante no mesmo igarapé, já no beco Pariri, moradores denunciam vizinhos que acabam piorando o mau cheiro nas casas. “Fizeram uns apartamentos do lado aqui e jogam tudo no Tanques, os canos são despejados direto, o lixo vai direto sendo que temos coleta de lixo não precisa acabar de vez com o igarapé”, diz a moradora Maria Antônia.

Morador luta contra a poluição

O comerciante José Ximenes, para evitar a degradação do igarapé, teve que cercar a área. “O Santa Barbara estava ficando totalmente ocupado resolvi proteger o igarapé para ver se a poluição diminuía e evitava a invasão”. As águas limpas e cristalinas descem sossegadamente no quintal do comerciante. Há 20 anos morando no local próximo a avenida Farqhuar, no bairro Areal o morador disse que mesmo protegendo o recurso hídrico houve muito mudança com o tempo. “Dava para tomar banho, hoje ele está quase assoreado e para piorar fizeram um canal de esgoto que derrama direto no igarapé”. A água que encontra com esgoto ainda não consegue poluir todo o igarapé que a 200 metros depois de cristalina se torna escura e o mau cheiro começa a ficar evidente. Francisco Dias mora nessa área em que os pedaços de paus, de árvores e sacolas e mais sacolas de lixo quase impedem a passagem do pequeno rio. “Moro aqui já faz uns cinco anos, sempre foi assim, estou até acostumado com essa feiúra e o fedor”, fala.

Mais uns poucos metros depois uma igreja nesta última sexta-feira (30) acabava de ser desmontada por uma decisão judicial por causa de ocupação irregular. O pastor Manuel Viga Filho disse que a igreja existe há mais de seis anos. “Vieram tirar a gente dizendo que estamos em Área de Proteção Permanente, mas já faz mais de uma década que estamos aqui e ninguém nunca falou nada”. Como as outras palafitas e casas da área, a água doméstica e despejada no igarapé. “Temos mais de 217 fiéis que freqüentam a igreja”. Ele agora espera que a Prefeitura resolva o problema da igreja. “Enquanto a Prefeitura não resolve onde ficaremos, colocaremos uma lona e continuaremos os cultos”, diz. Próximo de desaguar no rio Madeira, no bairro Baixo Madeira, o que era água dá lugar para o lixo. A moradora Dulcineia Oliveira reclama do fedor no verão. “Todo o lixo que vem de outras áreas pára por aqui e fica de baixo das casas. É pedaço de pau, resto de eletrodoméstico e lixo em geral que encalham a passagem do rio e fica fedendo todo o bairro”, reclama.

Matas ciliares dão lugar a moradias

Para o secretário adjunto da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Telêmaco Lima, o problema dos igarapés está nas ocupações irregulares. “No final de 2006 tínhamos 78 áreas verdes, hoje se tivermos 70 é muito. O processo de ocupação é muito rápido e o crescimento desordenado tem causado os problemas ambientais nos igarapés”, confessa. Ele diz que a Sema hoje tem apenas oito fiscais para atuar em todo o município de Porto Velho. “Trabalhamos todos os dias, mas o município é enorme, são mais de 700 quilômetros quadrados para o pouco número de fiscais, por isso a dificuldade de realizar os trabalhos constantes de fiscalização nas áreas”, disse.

Outro problema é a morosidade dos processos ambientais aos infratores. “Você autua a pessoa, e o processo ambiental corre anos e no fim ele sempre acaba não pagando nada. Ainda por cima, ele volta a cometer o crime ao ambiente”. Ele acredita que se não houver controle, é possível que desapareçam os igarapés da cidade. “Tem que haver ações diariamente nas áreas para evitar mais invasões e investir em educação ambiental para os moradores que já estão nas áreas ilegais se conscientizarem para não poluir mais as mananciais”, afirmou.

Somente o saneamento salva

Águas superficiais e dos poços estão contaminadas por coliformes totais. Sem rede de esgoto a situação tende a piorar

“A qualidade das águas superficiais da cidade está comprometida pelas atividades desenvolvidas ao longo dessas microbacias. Até os poços amazônicos do município estão poluídos”, afirma o especialista em qualidade da água, Wanderley Bastos, do Laboratório de Biogeoquímica Ambiental da Universidade Federal de Rondônia (Unir).

O especialista diz que as águas dos igarapés estão todas poluídas com coliformes fecais e totais, mas o pior ainda não aconteceu. “O Madeira ainda consegue dissolver o esgoto, mas com a população crescente, se não houver uma solução rápida poderemos ter sérios problemas como em São Paulo com o rio Tietê”, alerta.

Para prevenir o caos, o caminho é o saneamento básico. “Se pararmos de lançar o lixo nos igarapés o problema não se resolve. É preciso além de canalizar o esgoto termos uma estação de tratamento de resíduos para não jogar o esgoto puro no Madeira se não, nenhum esforço adianta”. Bastos acredita que nenhum projeto deveria ser feito antes de concluir o saneamento básico na cidade. “Se autorizar cada vez mais os projetos sem ter uma rede de esgoto e um tratamento para os resíduos, o problema só vai piorar cada vez mais”.

Último lugar

Na pesquisa divulgada em maio passado pelo Instituto Trata Brasil sobre os serviços de saneamento nas 81 maiores cidades brasileiras com mais de 300 mil habitantes Porto Velho aparece na última colocação das cidades que não investem na infraestrutura básica, como a coleta de esgoto. O levantamento revela que os avanços mais significativos ocorreram nas cidades que desenvolveram alternativas para antecipar as metas de universalização por meio de parceria envolvendo empresas privadas e públicas.


O engenheiro da Secretaria de Planejamento (Seplan), Vagner Zacarini, destaca que este problema somente será resolvido quando as obras de construção do Sistema de coleta, Tratamento e Disposição Final do Esgoto Sanitário de Porto Velho, iniciado em julho de 2009, ficar pronto. E ressalta que a previsão é de no máximo dois anos, já que são várias frentes de trabalhos já começadas principalmente na região da Zona Leste estão dentro do planejado. “Mais de 50 quilômetros de rede foram implantados e para o mês de agosto estaremos implantando outra estação de tratamento denominada etenorte”, destacou.

Águas de Porto Velho serão mapeadas

A coordenadora operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), Ana Cristina Strava, participa de um trabalho de identificação, mapeamento e diagnóstico dos cursos de águas que cortam a Capital. O mapeamento começou a ser produzido no final do ano passado e no máximo em três anos deve ser implantado pela prefeitura de Porto Velho. O projeto em parceria com o Sipam visa prever as inundações nas regiões dos igarapés.

No trabalho cinco áreas são prioritárias: igarapé Santa Barbara, igarapé Grande, Tancredo Neves, canal da Penal, dos Tanques, Caladinho, Castanheira e igarapé Bate-Estacas. “A inundações são provenientes das ocupações que impermeabilizam o solo, á água acaba correndo para os igarapés com este estudo poderemos saber enquanto tempo vão ocorrer as alagações e deverá ajudar ainda nas políticas públicas do município para as áreas”, afirmou.
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REPÓRTER: RAFAEL ABREU

FOTO: RONI CARVALHO




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POSSO TUDO

Faz parte do homem sentir medo, mas contigo, Faço o medo ter medo de mim.

Se não vejo a luz, então farei com o que a luz me veja, porque eu posso tudo quando estais comigo.

Se as derrotas parecem me vencer. Ai que se enganam, nessa batalha sou o único vencedor porque a soma do teu nome com o meu resultará nas vitórias, e sempre vencerei.
Se estava sozinho, não estou mais, a tua companhia me faz sentir como tivesse rodeado por mil pessoas.

Se a culpa é do destino, ao seu lado escreverei uma nova história para que não haja mais culpa.
Se por ventura na luta eu enfraqueça, a tua gloria me dará força para continua a luta.

Se nessa hora eu chorar, não será mais de tristeza porque a partir de agora me encherás de alegria todos os dias da minha vida.

E se as pedras insistirem atrapalhar o meu caminho, tu farás com que elas tornem-se um grande tapete dourado, e nenhuma pedra mais se atreverá atrapalhar os meus caminhos.E se por acaso eu errar o caminho, tu me guiarás e me levarás de volta aos trilhos.

Se um dia eu te abandonar, tu me procurarás com um presente para que eu volte a ser seu amigo.


E se eu não mais crêr, tu terás a humildade de me perdoar e com um lindo sol me dará motivos novos para crer, no senhor.

E tudo que eu quiser, será meu, porque tu estais comigo, por que tu sempre esteve comigo e não me abandonou. E eu sei que posso tudo por que Deus estais em mim

Rafael Abreu

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Casa Civil desconhece MP da Flona do Bom Futuro

Rafael Abreu




A Casa Civil da Presidência da República desconhece Medida Provisória que altere os limites da Floresta Nacional de Bom Futuro. Ate o momento não existe nenhuma MP que trate da transferência da área da flona, segundo informou a assessoria de imprensa do órgão. Em fevereiro deste ano o então governador Ivo Cassol se reuniu com representantes dos órgãos ambientais federais e a secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, e recebeu a informação que a proposta de permuta de áreas da flona pela reserva ambiental de Rio Vermelho foi aceita e que o Governo Federal ficaria responsável pela emissão de uma MP criando os novos limites de Bom Futuro.

Segundo o deputado federal Anselmo de Jesus, foi realizada uma reunião na última quarta-feira com os deputados e senadores de Rondônia e o senador Romeu Jucá (Roraima) que propôs fazer um ‘emendão’ para ser votado até o final do mês ou começo de maio. “Nesse saco de bondade vão incluir a Medida Provisória da flona, a transposição dos servidores estaduais e outras propostas para entrar em votação”, disse

De acordo com o deputado federal, Eduardo Valverde a senadora Fátima Cleide apresentou uma emenda para Medida Provisória para criar a área e fazer a transferência da aera. “O Projeto de Lei iria forçar a criação da MP pelo governo federal”, disse.

De acordo com Departamento de Comunicação do Estado (Decom), o governo estadual espera por esta MP para federalizar a unidade estadual. Os deputados estaduais estariam cientes da troca e a permuta só poderá ser confirmada após decisão federal, aprovada no Congresso para fazer a mesma ação no Estado. Conforme o analista do Instituto Chico Mendes (ICMbio), Wilham Assunção, a proposta ainda está como Minuta na Casa Civil. Entretanto ele não soube informar a previsão do encaminhamento da mesma.

Pelo acordo firmado entre os governos estadual e federal, a flona Bom Futuro, os atuais 280 mil hectares da Flona de Bom Futuro passarão para 97.357 hectares apenas. De toda área da flona, 100 mil hectares será transferido para o domínio do Estado e classificado como Área de Proteção Ambiental (APA). Como contrapartida, o Governo de Rondônia transferirá para o Governo Federal, através do ICMBio, quatro unidades de conservação totalizando 244.239 ha: floresta estadual de rendimento sustentado do rio Vermelho "B", incluindo parte sul da estação ecológica Serra dos Três Irmãos, 124.163 ha; floresta estadual de rendimento sustentado do rio Vermelho "A", 37.995 ha; estação ecológica Mujica Nava, com 18.280 ha; e a floresta estadual de rendimento sustentado do rio Madeira "A", com 63.800 ha. Parte da área federalizada irá compor o Parque Nacional Mapinguari, no Amazonas.

Desde agosto do ano passado os Ministérios Públicos Federal e Estadual tentam cancelar o acordo político com uma ação civil pública ambiental. Os MPs desconfiam das verdadeiras intenções da troca de unidades de conservação. Segundo a ação, o acordo foi realizado para compatibilizar interesses alheios ao da população e do meio ambiente. O interesse do governo federal seria agilizar as obras da Usina de Jirau, ligadas ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O do Estado, regularizar a vida dos invasores da Floresta Nacional. A decisão está nas mãos do Tribunal Regional Federal (RO).

Operação

Enquanto ainda nada foi resolvido, a operação de fiscalização do Instituto Chico Mendes deflagrada em março do ano passado por força de uma decisão judicial continua na unidade de conservação. Segundo Assunção, a previsão da operação é acabar em novembro deste ano. “No momento estamos fiscalizando apenas o roubo de madeira, queimadas, invasão e a entrada de gado”, disse. Na ação o ICMbio somente tem o apoio do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA). A operação iniciou em maio de 2009 com 400 homens, apoio do Exército e ajuda de helicópteros e outros equipamentos, sendo considerada a maior operação armada do Brasil que tinha o intuito de salvar a UC mais degradada do país.

MP cobra apoio para os moradores

O Ministério Público Federal na última segunda-feira cobrou da administração pública municipal e estadual condições mínimas de saúde e educação para a comunidade da Flona. De acordo com o procurador regional dos direitos do cidadão, Ercias Rodrigues de Sousa, é direito fundamental do cidadão. “Mesmo estando em uma área ilegal as pessoas têm direito a condições básicas que as leis garantem”. Para ele, levar benefícios à comunidade da flona não estaria descumprindo leis federais e decisões judiciais na área. “A ação pode ser feita na região já desmatada, sem precisar retirar nenhuma árvore. A intenção não é fazer nada ilegal é apena dar condições de vida para a população”.

Os moradores relataram que muitas crianças não estão freqüentando a escola devido à falta de transporte e à má condição das estradas. Eles também informaram que os alunos que conseguem chegar até a escola se deparam com situações precárias.

Um projeto foi elaborado para agrupar as escolas que estão dentro da Flona e atualmente um único colégio funciona em Rio Pardo. Este colégio é uma extensão da escola municipal Cora Coralina, de Jacy-Paraná, e atende todas as crianças da comunidade, mas enfrenta problemas de condições sanitárias, salas sem ventilação e escuras, falta de água e número reduzido de salas.

A representante da escola, professora Marilda Barbosa Oliveira, relatou que os problemas apontados em 2009 não foram resolvidos e que os pais estão preocupados, pois não querem que os filhos percam o ano letivo novamente.

Estradas

Com relação às péssimas condições das estradas, um representante da Secretaria Municipal de Obras (Semob) presente à reunião informou que o órgão vai elaborar um projeto para ser entregue ao Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), órgão responsável pela administração da Flona. O futuro projeto servirá para dar continuidade ao encascalhamento das estradas, utilizando material de áreas já devastadas. A Semob também vai propor uma forma de compensação ambiental.

Após feito esse trabalho de encascalhamento, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) vai assegurar o transporte escolar para as crianças da comunidade, já que muitos estudantes atualmente utilizam transportes impróprios, como cavalos e motocicletas.

Foi acordado entre os participantes da reunião que até o dia 27 de abril todas as solicitações serão atendidas. O MPF/RO informou que vai inspecionar o cumprimento das metas.

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40 motivos para casar-se com um jornalista

Não tem nada haver com as questões discutidas neste blog, mas é interessante, peguei com uma amiga jornalista lá da redação e resolvi postar


1) Jornalista geralmente é criativo, ele vai surpreender você quando menos esperar;

2) São curiosos e antenados, você sempre ficará por dentro de tudo que acontece;

3) Eles não ganham bem, mas isso é bom porque vocês podem aprender a economizar dinheiro;

4) No Natal, Ano Novo, Carnaval… eles provavelmente estarão na redação. Mas, pense pelo lado positivo: antes trabalhando do que vagabundando;

5) E outra! Trabalhando muito, eles não têm tempo de se interessar por outra pessoa;

6) Eles não são bons de matemática, mal sabem somar e subtrair; mas, para que saber isso se são os mestres da escrita?;

7) Acostumados com pautas, são bem organizados e planejam bem as coisas antes de fazê-las;

8) Como é fissurado por fontes, quando você tiver uma ótima ideia, ele não vai dizer aos amigos que foi coisa da cabeça dele. Dará todas as honras para você!;

9) Como vivem numa rotina corrida, não tem muito tempo para opinar nas coisas da casa. O que você fizer, ele vai achar lindo;

10) Tudo é um grande brainstorm (tempestade de ideias). Monotonia não vai entrar na sua casa!;

11) Quando vocês brigarem, ele não vai achar que a opinião dele é a melhor. Tem que ouvir todos os lados de um fato, ele saberá analisar a situação!;

12) Em coberturas de grandes eventos, você poderá entrar de gaiato. Cada final de semana em um lugar diferente: jogos de futebol, avenida de escola de samba, lançamento de livros…;

13) Mantêm revistas e jornais no banheiro. Você nunca ficará olhando para o vácuo enquanto faz suas necessidades fisiológicas. Ganhará conhecimento!;

14) Idolatram pessoas totalmente desconhecidas (o seu Zé, a Dona Maria, o Juquinha…) Todos com ótimas histórias de vida que vocês podem usar no cotidiano também para se tornarem pessoas melhores!;

15) Não vai faltar café na sua casa. Café e jornalista são praticamente sinônimos;

16) Ele pode escrever os votos matrimoniais da sua irmã, criar o conteúdo do site de negócios do seu pai, ensinar sua mãe a tirar fotos das amigas nos eventos do bairro. Ele aprende de tudo um pouco e gosta de compartilhar!;

17) Tudo para o jornalista tem uma explicação. Eles nunca vão se contentar com a primeira versão de um fato. Você sempre terá uma resposta, mesmo que demore;

18) São ótimos investigadores. Se alguém no trabalho passar a perna em você, rapidinho ele descobre quem é!;

19) Como trabalham muito, não tem tempo para beber demais, fumar, se envolver com drogas… Você terá um companheiro saudável!;

20) Tá bom, vai… eles não costumam comer coisas muito saudáveis. Mas se você for legal e fazer comida para ele levar ao trabalho, isso se resolve rapidinho, não é? =);

21) Suas viagens nunca serão monótonas! Se acontecer qualquer movimento estranho, ele vai logo querer saber o que é e infiltrará você junto para desvendar o problema;

22) Amam roupas leves e simples no dia a dia. Você não vai gastar muito dinheiro com isso;

23) Mas também sabem se arrumar bonitinhos para os eventos. Você terá um parceiro que sabe ser simples, mas também sabe arrasar. Tudo vai depender da ocasião;

24) A agenda é o seu melhor amigo. Mas, não fique com ciúmes! Pense pelo lado positivo, nunca vai esquecer nenhuma data importante, porque tudo fica rigorosamente descrito lá;

25) Eles não ficam irritados com “nãos”, afinal, estão acostumados com assessorias de imprensa que não querem divulgar os bafões. Você não terá um companheiro irritado, mas, em compensação ele não vai desistir até conseguir o que quer. Mas só de não ser grosso já vale, não é!?;

26) Como são antenados, também sempre ficam sabendo das novidades tecnológicas primeiro. Às vezes, até ganham de presente para testar a ferramenta. Você terá tudo em primeira mão na sua casa;

27) Eles não se importam com calor, chuva, trovões… afinal, precisam estar onde a notícia está! Você poderá ir na praia com 50 graus tranqüila ou aquela viagem dos sonhos pode se tornar um pesadelo no caos de São Paulo que ele não vai blasfemar. Ainda vai dar risada da situação;

28) Acham que podem salvar o mundo com uma matéria. Olha que sensibilidade!;

29) Eles sempre sabem tudo todo o tempo;

30) Gostam de música para acalmar;

31) Leem livros raros, histórias para crianças e semiótica… Seus filhos serão super dotados se depender dele;

32) Sua vida social é infinitamente grande. Você nunca poderá reclamar que não conhece gente nova;

33) Eles estão acostumados com coisas chatas e sabem contorná-las muito bem. O casamento nunca vai virar algo monótono;

34) Eles gostam de camisas com estampas de alguma brincadeira sobre algo atual. Suas amigas vão ficar com inveja do seu companheiro inteligente;

35) Eles sempre têm uma opinião sobre qualquer coisa na face da Terra. Durante uma conversa entre amigos, vocês nunca ficarão apagados;

36) A maioria gosta de virar psicólogo, técnico de futebol e médico às vezes. Você terá um companheiro mil e uma utilidades;

37) Por causa da profissão, são forçados a aprender mais de um idioma. Você vai ouvir “Eu te amo” em, pelo menos, umas três línguas diferentes;

38) A primeira coisa que seu filho vai aprender é que a informação é a alma do negócio. Com dois anos, sua fofurinha vai saber o que é aquecimento global, mercado financeiro e já saberá criticar políticos;

39) Gostam de mudar de cidade, estado e até de país. Você conhecerá muitos lugares!;

40) Assistem documentários e vão a museus o tempo todo, não importa o que seja. Ô cultura!

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Os números mudaram o desmatamento não

Não há nada o que comemorar com a redução de desmatamento na Amazônia, anunciada na semana passada pelo ministro de meio ambiente, Carlos Minc. Enquanto os governos fazem festa com os 72% de declínio nas derrubadas (de outubro e novembro de 2009 comparado com 2008), os ambientalistas mais críticos veem a situação como um ‘efeito natural’. O governo federal atribui a queda às operações de fiscalização e controle realizadas com diversos órgãos ambientais. Os ambientalistas analisam a situações por três motivos; as áreas de desmatamento reduziram por que não tem mais nada o que desmatar, pelo longo período de chuvas e as falhas do Sistema de Detecção do desmatamento em Tempo Real (Deter) que não consegue visualizar a floresta em época de muita nuvem, como acontece no inverno amazônico.


Sem hipocrisia! Realmente houve um aumento nas fiscalizações ambientais, mas sucumbiram na questão política. Um bom exemplo, Flona Nacional do Bom Futuro, a maior operação de ambiente do Brasil travou e virou moeda de troca entre o governo estadual e federal. A ação feita para retirar cerca 35 mil cabeças de boi pirata e remanejar a população de 3,5 mil habitantes e tentar salvar o que resta da flona (hoje 30% da Bom Futuro já foi desmatada) foi por água abaixo. Não podemos deixar de citar as licenças ambientais liberadas aos avessos por toda a Amazônia nos últimos anos, tudo para alimentar o sonho quase pesadelo das obras do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Mais importante para os mandatários são as construções de usinas, estradas etc. Agora pare e pense onde ficam nessa história os povos amazônicos e a sustentabilidade da região? Não se engane eles sempre estarão em segundo plano.


A verdade é que os números de redução de desmatamento são fajutos, feito simplesmente para cumprir o que manda o figurino. No meio ambiente nada mudou continuamos a desmatar mais, a poluir mais e gastar mais recursos naturais. Veja o que está acontecendo com os nossos igarapés, verifique pelas rodovias aonde ainda existe floresta, pois tudo foi alterado pelos pastos e gados. Não se iluda com os dados governamentais, a necessidade exige mudança rápida, lembre-se é a nossa existência que está em jogo e se não fizermos nada uma hora a natureza vai nos cobrar!


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S.O.S Clima!

Nos últimos meses, os brasileiros têm convivido com um forte periodo chuvoso provocando desastres ambientais, derramando lágrimas, destruindo casas, sonhos e vida em todas as partes deste país. Em Rondônia a fúria da natureza também está trazendo o caos, devido as chuvas a dengue assola todo estado e os dias são manchetiados repentinamente com inundações. Ontem mais uma vez Porto Velho amanheceu debaixo d’água. As fortes águas que caíram destruíram casas e móveis, contribuíram para aumentar o número de desabrigados e causar ainda mais estragos nos asfaltos e nas ruas da Capital. Em um bairro antigo de Porto Velho, a Defesa Civil já alerta para o risco eminente de desabamento.

O fato considerado catastrófico para população denuncia mais uma vez a ocorrência de acontecimentos de ordem natural que em momentos anteriores atingiam a cidade com menor intensidade. Alia-se a isso, a falta de planejamento urbano e habitacional das maiores cidades brasileiras, uma vez que as autoridades locais negligenciam o crescimento descontrolado de casas e favelas em encostas, expondo os próprios moradores ao risco de acidentes e morte.

O problema ficou mais sério com as mudanças climáticas alertada desde 2007 por cientistas de todo mundo que previam um cenário onde um aumento na "freqüência (ou proporção do total da incidência de chuvas relativa à chuvas torrenciais) de 'eventos de forte precipitação'" era "muito provável", ou seja, mais de 90% provável. Infelizmente os estudos e o alerta feito no relatório do Painel Intergovernamental para Mudança Climática da ONU (IPCC, na sigla em inglês) não foi levado a serio pelos governos. Em Rondônia a mudança no clima pode alterar o regime térmico (temperatura) e das chuvas afetando a vegetação e aumentando o índice de doenças tropicais é o que diz Marcelo Gama, Meteorologista da Sedam (Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental) “pode haver alterações na vegetação, elevar o índice de doenças tropicais e acontecer eventos extremos como a seca da Amazônia em 2005”.

É verdade que não podemos interromper os efeitos das emissões já feitas de gases de efeito estufa. Mas nós podemos influenciar o futuro. Para evitarmos mudanças radicais de temperatura, é preciso agir agora. Diminuir o desmatamento, incentivar o uso de energias renováveis – como a energia do vento e do Sol –, reciclar o lixo, melhorar o transporte público e estimular o uso de combustíveis limpos – como o álcool e o biodiesel.
Mas combater as mudanças climáticas não significa apenas reduzir as emissões de gás carbônico, precisamos também usar técnicas de conservação e de estoque de água, evitando-se ao máximo o desperdício, a proteção do solo por meio da plantação de árvores, o deslocamento de populações situadas em locais vulneráveis para locais seguros, o maior controle e acompanhamento de doenças sensíveis ao clima e a diminuição da dependência de combustíveis fósseis. Esses são apenas alguns exemplos de medidas que podem ajudar na mitigação e na adaptação às mudanças climáticas. É preciso decidir quais as metas mais eficazes e viáveis para combater e se prevenir contra os impactos das mudanças climáticas. O mais importante é agir rápido!

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Igarapé Bate Estaca agoniza sem socorro


Rafael Abreu


foto: J. Gomes

















Um dos maiores igarapés urbanos de Porto Velho ainda resiste à morte. Em meio ao crescimento desenfreado da capital de Rondônia o igarapé Bate Estacas sofre degradação desde a nascente até desaguar no rio Madeira. Esgoto, aterramento, retirada da mata ciliar, desvio do curso d’água, assoreamento são algumas das deteriorações que estão impactando sobre os 113 quilômetros quadrados de área da bacia hidrográfica do igarapé. A reportagem do Diário da Amazônia fez uma expedição da nascente à foz do igarapé no rio Madeira.





Em uma das principais nascentes do igarapé, no bairro Areia Branca, entre árvores, plantas e pedras a água mina cristalina. Ela desce tranquilamente o barranco tomando todo o espaço que é seu por propriedade e forma as águas do Bate Estacas. Na chácara Água Viva, onde está a nascente, o caseiro, Raimundo de Paula, 30 anos, usa a água da bica para beber, tomar banho e lavar roupa. “Não trocaria nada desse mundo por este paraíso de sombra, tranquilidade, comida e água fresca”, afirmou.





Poucos metros depois, dentro da própria chácara, as águas límpidas e puras são alteradas por concretos e canos. O curso d’água foi alterado, o espaço que era seu por propriedade, invadido, canalizado, aterrado para virar uma piscina ‘particular’ de águas escuras. A mata que caminhava ao seu longo e fazia a proteção do riacho não existe mais e um vazio de terra completa o cenário de luto.





Mais adiante, ainda no Areia Branca, um muro de mais de dois metros impede a passagem de quem segue o riacho. Pássaros e animais que habitam pelas redondezas são obrigados a procurar outro canto para matar a sede e se alimentar. Bem ao lado um balneário conhecido como Araras com uma piscina de concreto toma conta do curso d’água. Para entrar e ter direito de se banhar no igarapé é preciso pagar R$ 5.





Esgoto





Já entrando no bairro Conceição, o Bate Estacas se transforma em esgoto. Andreia Almeida mora há 12 anos no entorno da bacia. Segundo ela, desde que mora no lugar nunca viu nenhum trabalho de recuperação no igarapé. “No máximo que fazem é roçar o mato, mas nada para acabar com a fedentina insuportável”. Ela disse ainda que já pegou duas vezes malária no lugar. “A família quase toda pegou, só não dois filhos meus”, relata. Edmundo Barroso, 75 anos, mora na beira do Bate Estacas há 25 anos e lembra da época das castanheiras. “Quando cheguei aqui tinha um monte de árvores, o igarapé era pequeno, mas a água era limpa e forte”, disse.





Residenciais





No bairro vizinho, o Novo Horizonte, os moradores tradicionais reclamam que os residenciais da localidade acabaram com o igarapé. A situação levou 16 pessoas a entrarem com uma denúncia no ano passado no Ministério Público contra a retirada da Área de Preservação Permanente (APP), aterramento da nascente e derrubada da mata ciliar entre outras ações danosas feitas pela construtora de um residencial (Nova Era I).





Entretanto, não surtiu efeito, até o último fim de semana os problemas continuavam os mesmos. Esgoto, lixo, mau cheiro completam a imagem decadente. Apenas alguns macacos, patos e jacarés relutam pelo pouco espaço florestado. Um frigorífico localizado na rua João Paulo I, mas conhecida como Estrada da Coca-Cola, segundo os moradores também estaria jogando restos de animais no afluente do rio Madeira e contaminando a água. Ainda próximo aos residenciais do Novo Horizonte, a agonia do igarapé é quase uma sentença de morte. O Bate Estaca canalizado, no cruzamento da rua João Paulo I e avenida Campo Sales, virou esgoto. E quando mais ele segue entre casas, vai apodrecendo as águas e perdendo totalmente as características vista na nascente.




Fôlego




Na sítio da família Johnson, ao longo da Estrada de Ferro, o igarapé ganha fôlego e apresenta o que não se vê por mais de dois quilômetros: a mata ciliar, Área de Preservação Permanente e peixes. A história da microbacia é ligada à vida dos Jonhsons, segundo Bubu Jonhson. Mas ele fica entristecido ao falar do Bate Estaca. “Há uns 20 anos o igarapé era bem maior, as águas eram limpas, dava muito peixe”, contou. O medo de Bubu é que o igarapé morra. “Acredito que no ritmo que vai indo, o igarapé não vai mais existir”, relata.







Ainda no sítio é possível ver cutias, onça preta e pássaros que se refugiam no lugar. “Depois que começaram as obras nas usinas apareceram mais animais aqui no sítio”. O sítio pertence ao pai de Bubu desde 1957. Após a morte do patriarca o terreno foi divido entre os 16 irmãos.












Comunidade quer o igarapé vivo











A garantia de água potável para os próximos anos tem sido uma das grandes preocupações ambientais. A falta do recurso compromete diretamente a sobrevivência da vida no planeta. O igarapé Bate Estaca fornece água para boa parte das casas de Porto Velho, mas a contaminação e deterioração em vários trechos da micro bacia deixa um alerta que o recurso hídrico pode estar se desgastando e chegando ao fim. Os moradores do entorno do igarapé já temem a morte do Bate Estaca.






Na comunidade Bate Estaca, próximo ao ponto de captação de água da Caerd (Companhia de Água de Rondônia), a situação é de tristeza com a diminuição da água, poluição do rio e outras degradações. A presença de visitantes ajuda a poluir as águas do igarapé. Muitos jogam latas de cervejas, garrafas pet e sacolas dentro do Bate Estaca.






O medo de o igarapé morrer fez com que a comunidade procurasse a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Ambiental (Sedam) para tentar preservar o que resta de Bate Estacas. A iniciativa uniu 16 moradores da vila de Santo Antônio e da margem do igarapé. Eles vão trabalhar como Agentes Ambientais Voluntários (AAV) para fiscalizar os crimes ambientais e educar sobre o uso racional dos recursos naturais e passaram por uma capacitação.






O presidente do Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB) do Santo Antônio, Aparecido Limeira da Silva, disse que as comunidades do Bate Estaca resolveram participar da capacitação por se sentirem ameaçadas com a urbanização desgovernada. “O avanço de prédios na nossa região tem prejudicado o Bate Estaca, com isso dificulta as famílias que vivem no entorno a continuarem a manter a tradição dos moradores que estão no lugar há mais de 40 anos”, conta.






Ele acredita que como agente ambiental poderá conservar o igarapé para o mesmo não sumir. “Com o aumento da população devido às construções das usinas [hidrelétricas] do Madeira, o Bate Estaca está cada vez mais fragilizado, pessoas vêm pescar aqui com tarrafas, jogam lixo na água. Temos ainda o problema do aterramento e assoreamento isso tudo está deixando os moradores assustados, pois há a possibilidade de ser o fim do igarapé”, argumentou.







A reportagem do Diário da Amazônia entrou em contato várias vezes com a Caerd que capta as águas do Bate Estacas, mas até o fechamento da matéria a companhia não informou nenhuma ação no igarapé.









Lixo e esgoto contaminam o curso d`água





Um dos motivos para a deteriorização do Bate Estacas é a falta de sistemas eficientes de coleta de lixo e de tratamento do esgoto doméstico, que são lançados diretamente na água. A poluição cria também condições favoráveis ao aumento acelerado de doenças como amebíase, cólera, dengue, esquistossomose, febre amarela, febre tifóide, hepatite, leptospirose, malária e outras.





A cada curva feita pelo igarapé dá para perceber que a lei [9.433/1997] de Política Nacional de Recursos Hídricos fundamentada para preservar um bem de domínio público (O Bate Estacas e outros cursos d’águas) não é respeitada e o objetivo ‘assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos’ torna-se sem valor e de futuro incerto.





Segundo o artigo 225 da Constituição Federal: todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, a água é um bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-la e preservá-la para as presentes e futuras gerações.






Mas conforme a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sema), as ações de fiscalização no igarapé são esporádicas porque o número de fiscais é pequeno para fazer um trabalho contínuo.






A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam) também realiza fiscalizações esporadicamente, mas o intuito é de apenas orientar os moradores. Segundo o coordenador de fiscalização do órgão, José Carlos Coutinho, a solução será a ajuda do agente ambiental voluntário, que irá fiscalizar o igarapé.






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Flona Bom Futuro: acordo só no papel

Foto: Roni Carvalho

Quase seis meses depois do acordo assinado entre o governo estadual e federal para trocar unidades de conservação, a situação da Floresta Nacional do Bom Futuro ainda é indefinida. Em meio a briga política e judicial, a operação de fiscalização do Instituto Chico Mendes (Icmbio) está travada com trabalho apenas em duas barreiras e 60 homens da Força Nacional, Batalhão Ambiental e Icmbio se reversam para vistoriar o interior da Bom Futuro, que tem 280 mil hectares. A operação iniciou em maio com 400 homens, apoio do Exército e ajuda de helicópteros e outros equipamentos, sendo considerada a maior operação armada do Brasil.



Os moradores da flona também estão impacientes com a indecisão do destino da unidade de conservação. Tanto que entraram com uma ação federal para que seja realizado logo o acordo do governo estadual, Ministério do Meio Ambiente e Instituto Chico Mendes feito no inicio de junho deste ano, permutando as áreas de preservação ambiental (a reserva ambiental Rio Vermelho, de 600 hectares - por 140 mil hectares da flona Bom Futuro).



Para azedar a situação, os Ministérios Públicos Federal e Estadual tentam desde agosto cancelar o acordo político com uma ação civil pública ambiental. Os MPs desconfiam das verdadeiras intenções da troca de unidades de conservação. Segundo a ação, o acordo foi realizado para compatibilizar interesses alheios ao da população e do meio ambiente. O interesse do governo federal seria agilizar as obras da Usina de Jirau, ligadas ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O do Estado, regularizar a vida dos invasores da Floresta Nacional. A decisão está nas mãos do Tribunal Regional Federal (RO).



Algumas notificações para retirar o gado venceram este mês, mas segundo o chefe da unidade de conservação do Icmbio, Elson Portela, a Justiça Federal pediu para que o órgão esperasse os impasses judiciais serem resolvidos para continuar a operação. “Estamos dependendo das respostas da justiça para pode direcionar a operação”, afirmou. Nas notificações do instituto Chico Mendes 50% dos rebanhos está nas mãos dos grandes criadores.



Segundo a assessoria do governo estadual, o governador Ivo Cassol está hoje em Brasília para tentar colocar o acordo em prática. Ele vai ser reunir com a cúpula de Ministério do Meio Ambiente para pressionar e pedir que seja feita a Medida Provisória alterando os limites da Flona do Bom Futuro e definir a área estadualizada. De acordo ainda com a assessoria, o Estado só espera essa definição para fazer a lei estadual $tornando o Rio Vermelho uma unidade federal.



História



Criada em 1988 com 280 mil hectares de área a cerca de 200 quilômetros da cidade de Porto Velho, a Flona começou a ser ocupada desordenadamente a partir de 1995 e 1997, com a instalação na região de dois assentamentos. Seguiram-se várias ocupações irregulares, inclusive simuladas por políticos que montaram currais eleitorais. Segundo o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), atualmente cerca de 28% da Bom Futuro já foram desmatadas, com um ocupação de 3,5 mil habitantes e 35 mil cabeças de boi pirata.



Rafael Abreu (Diário da Amazônia)


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Moradores se revoltam com ação na Flona Bom Futuro

Rafael Abreu

Os moradores de Rio Pardo denunciam pressão e abuso de poder feito por fiscais e policiais da operação ambiental na Floresta Nacional do Bom Futuro. Segundo o presidente da Associação dos produtores rurais de Nova União e Rio Pardo (Aspruno), Salvador da Cruz Filho, a Força Nacional e os fiscais do Instituto Chico Mendes (Icmbio) estão provocando a comunidade para que percam a cabeça e façam irregularidades na unidade de conservação. “Querem que a gente desanime e perca a cabeça, logo na reta final do projeto de lei ser aprovado”, afirma.
O presidente da associação diz ainda que o acordo feito dois meses atrás na manifestação em frente à Usina de Jirau, não está sendo cumprido. “Isso está deixando as pessoas da Flona revoltadas, e a qualquer momento os moradores podem partir para um protesto jamais visto no lugar”, disse. Ele explica que a manifestação pode acontecer, pois fecharam os dois únicos postos de combustível da vila de Rio Pardo aplicando multas milionárias, e ameaçaram fechar o comércio e retirar os gados notificados. “No último domingo (20/9) chegaram na vila por volta das 15 horas usando a força, balas de borracha e spray de pimenta, nesta ação a Força Nacional arrancou as duas bombas dos postos de gasolina, deixando multas no valor de um milhão de reais e outra de R$ 6 milhões para os proprietários dos postos”, revelou ele. “Ninguém apresentou mandado judicial, nem documento para fazer as apreensões”, enfatiza Cruz Filho.
De acordo com o presidente sem a gasolina a comunidade fica sem energia, não pode se deslocar para as cidades mais próximas e impossibilita a sobrevivência dos moradores. “Sem a gasolina e diesel não tem como fazer nada, fica tudo parado”, completou. Em relação ao fechamento dos comércios o presidente da associação argumentou que a ação é ‘intimidadora’ pois sabe que os moradores precisam comprar açúcar, remédio e o óleo. “O governo federal e o estadual precisam entrar em acordo o mais rápido possível porque está situação está colocando a população em pânico, e os moradores vão se organizar para fazer uma manifestação à pior de todas contra essas ações”, finaliza o presidente da Aspruno.
O chefe da unidade de conservação, do Icmbio, Paulo Volnei Garcia, desmentiu as denuncias dos moradores da Flona. “O Instituto Chico Mendes não precisa de ordem judicial para fazer fiscalização na unidade de conservação é da obrigação do órgão fazer a qualquer momento vistoria na flona, outra que na ação do último domingo era para ser rotineira e autuar e fechar os postos de gasolina ilegais, uma atividade feita sem nenhuma licença ambiental e normas, entretanto, os moradores se revoltaram e tentaram fechar as pontes, e a Força Nacional agiu com tiros para cima, e uso do spray de pimenta para proteger os fiscais que se ficassem mais tempo na região poderiam acontecer um desastre”, explica. “Ninguém proibiu a entrada de mercadorias na vila, isso é mentira, também eles não ficaram proibidos de usar gasolina e diesel, pois está liberado entrar 400 litros de combustível por semana, o que foi feito foi uma ação para parar uma atividade perigosa que era os postos de gasolinas, apenas isso”, completou.
Para terminar Paulo Volnei disse que não houve feridos e nem tiros nas pessoas “Estão querendo inflamar a situação para fazer que o acordo político seja realizado com urgência”, falou ele.

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Operação no Bom Futuro em meio às indecisões

A maior operação ambiental do Brasil com cerca de 400 homens, helicópteros, tecnologia de ponta pretendia salvar a mais devastada unidade de conservação federal
Rafael Abreu

As indefinições sobre o futuro da Floresta Nacional do Bom Futuro estão prejudicando a fiscalização na unidade de conservação. Em meio a um acordo político de troca de áreas de conservação e a decisão judicial que cancela essa permuta, a operação Terra Nova continua, mas com fiscalização apenas nas quatro barreiras para controlar o acesso de pessoas e materiais, informou o chefe da unidade de conservação, Paulo Volnei Garcia. “Estamos no meio das decisões políticas e judiciais”, completa ele.

Depois do acordo realizado pelo governo estadual, Ministério do Meio Ambiente e o Instituto Chico Mendes, no inicio de junho, que permuta áreas de preservação ambiental (a Reserva ambiental Rio Vermelho de 600 hectares por 140 mil hectares da flona Bom Futuro) a operação teve que alterar o planejamento. “Com o acordo político a operação tomou outro rumo ao que estava planejado, mas estamos atendendo as determinações na medida do possível e agora esperamos o resultado do acordo para direcionar a ação”, argumenta Garcia.
Após o acordo, as multas pelos os danos ambientais existentes que causaram revolta nos ocupantes da Flona, pelos os valores milionários, foram paralisadas. “Hoje, só autuamos os crimes em flagrantes”, revela. “O acordo que teve um encaminhamento político e a manifestação dos moradores do Bom Futuro em frente às obras da Usina de Jirau influenciou na mudança da nossa fiscalização”, esclareceu Garcia sobre a alteração da ação. Ele disse ainda que um dos motivos para diminuição no ritmo da operação é a pouca quantidade de veículos disponíveis. “Estamos com oito caminhonetes para atender as quatro bases”. No começo a Terra Nova tinha 20 veículos e dois helicópteros.
A redução no número do efetivo também compromete a operação. Dos 400 pessoas que iniciaram na ação, apenas 80 estão trabalhando. “A redução de pessoal já estava previsto, mas realmente reflete na operação, pois não estamos conseguindo entrar”, afirmou. E refletiu bastante nas queimadas, que de um foco em julho saltou para 63 em agosto, e nestes últimos dez dias, já são 44 focos encontrados pelos satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). “As queimadas são difíceis de fiscalizar porque podem estar em pontos isolados e também pela grande área que a Flona tem, mas, entretanto os outros tipos de crimes como o desmatamento e o roubo de madeiras conseguimos zerar”, explicou o chefe da unidade de conservação.
Para completar a situação de indecisão, a permuta de áreas que há quinze dias teve um documento elaborado para criar as leis da troca das áreas de conservação pelo o grupo de trabalho formado pelo governo estadual e o Instituto Chico Mendes pode ser cancelada, pois em agosto quatro procuradores da República e duas promotoras de Justiça de Rondônia entraram com uma ação civil pública ambiental. O Ministério Público Federal e Estadual desconfiam das verdadeiras intenções da troca de áreas de conservação. Segundo a ação, o acordo foi realizado para compatibilizar interesses alheios ao da população e do meio ambiente. O interesse do governo federal seria de agilizar as obras de jirau, ligadas ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O do Estado regularizar a vida dos invasores da Floresta Nacional. A decisão agora está nas mãos do Tribunal Regional Federal (RO) que deve dar o parecer a qualquer momento. Já o documento da criação das leis das novas reservas ambientais se encontra no Ministério do Meio Ambiente “Esperando a resposta da Justiça”, disse o chefe da unidade de conservação. “Em setembro deve sair o processo da ação civil ambiental, o juiz pode acatar os MP’s e tornar sem efeito o encaminhamento político determinando que se cumpra as decisões judiciais que já existem. E a gente volta lá para o inicio da operação”, especula Paulo Volnei.
Notificação de gados
Segundo o chefe da unidade de conservação, pelas notificações feitas aos criadores de gado, 50% dos rebanhos está nas mãos dos grandes criadores. “As primeiras notificações vence em novembro e deverão retirar os gados, caso o acordo dos governos não seja concretizado,”, disse ele. O número estimado de boi pirata na Flona é de cerca de 40 mil, de acordo com o Paulo Volnei.
Bases operacionais

Pelo o novo desenho da área da Flona feito pelo o grupo de Trabalho responsável para elaboração das leis de criação das unidades permutadas, três bases operacionais estão na área que vai ser estadual. “Teremos que nos realocar para a outra área pois nossas três bases principais estão em área onde está ocupada”, fala o chefe da unidade.

Multas

Segundo informações da assessoria de comunicação do Ibama, os processos das multas milionárias continuam pois ainda não há nenhuma ordem para cancelar as infrações ou reverter em ações ambientais.
Levantamento

Enquanto o levantamento do Incra acabou no meio do caminho devido o acordo, o levantamento está sendo feito pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sedam) e Secretaria Estadual de Agricultura (Seagri) para saber quem vai ou não ficar na nova unidade de conservação do Estado.

Ação

Paulo Volnei avisou também que semana que vem novos veículos vão chegar à Flona e as equipes serão renovadas para intensificar a operação. “Mesmo tendo poucos fiscais disponíveis, vamos retomar as fiscalizações internas que não estão sendo feitas”, afirmou.
Desmatamento

Nestes três meses e meio de operação, os únicos desmatamentos visualizados pelo os satélites do Inpe foram da própria força tarefa. As quatro bases operacionais instaladas nas principais estradas desmataram 310 hectares que equivale a 310 campos de futebol.

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