Porto Velho (RO): Sexto lugar em desmatamento na Amazônia

Rafael Abreu
A capital de Rondônia é o sexto município mais desmatado da Amazônia Legal, segundo os dados de julho deste ano do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), divulgado no fim de agosto. O desmatamento chegou a 11 quilômetros quadrados. O Imazon informou que o grande aumento no desmatamento contabilizado no mês de julho pode, na verdade, ter ocorrido em outros meses já que a cobertura de nuvens era acentuada na região, o que dificultava a visualização da área. Isso, principalmente, por causa das chuvas excessivas. Em julho, com a redução das nuvens, o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do instituto pode monitorar 81% da Amazônia Legal.
O levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), do sistema Deter, também mostram que Porto Velho teve a maior perca florestal em julho no Estado, cerca de 7 quilômetros quadrados. De acordo com o meteorologista da Secretaria Estadual de Ambiente (Sedam), Marcelo Gama, a extensão territorial (3.420.950 mil hectares) ajuda Porto Velho sempre liderar a lista de desmatamento. “Por possui uma grande área o município esta vulnerável a ter mais desmates que os outros, mas se colocar em proporção territorial e pontos de desmates, Buritis tem mais degradação florestal que a capital”, questiona. Gama explica ainda que a contribuição para os desmate são das unidades de conservação. “Se for verificar em 2008, a Floresta Nacional do Bom Futuro foi à maior responsável pelos desmates em Porto Velho, seguido da Reserva Extrativista de Jaci Paraná e da região de União Bandeirantes”, diz.
Para a diretora da Ong Kanindé, Ivaneide Bandeira, o aumento é dado pelos os grandes empreendimentos que esta se instalando no município. “Estão trazendo um grande número de pessoas que além das obras causam mais desmates”. Outro motivo, segundo Bandeira, é a falta de fiscalização dos órgãos ambientais. “Os principais pontos de degradação ambiental estão nas unidades de conservação, que deveriam ser protegidas pelos órgãos”, revela ela. “Deveria haver uma fiscalização séria com apoio da justiça para que se cumpra as leis ambientais. Hoje quando alguém faz um ilícito ambiental, a justiça vai é devolve os equipamentos usado na crime, se não houver uma parceria entre os poderes não terá como reduzir os desmatamentos”, reclama Bandeira. Ela questiona também os dados que dizem que Rondônia caiu para o quinto lugar nos desmatamento amazônico. “É uma falsa ilusão de que reduziu os desmate. Na verdade não tem é mais nada o que desmatar, por isso caiu os números”, finaliza.

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